quarta-feira, 1 de abril de 2015

..☆✿゚ฺ*:;;:*゚✿ฺBem-vindas,mulheres✿゚ฺ*:;;:*゚✿☆..


Para que dedos se temos língua.

Que a mídia sempre foi comandada por homens isso todo mundo sabe, e no mundo dos games não é diferente.Muita violência, sexo e aventuras proibidas, inclusive preconceitos masculinos fazem parte desse clube. Logo, com a mulher chegando de fato no mundo dos games, como consumidora e desenvolvedora, já foram querendo fazer faxina no nosso clubinho.

Falando sério agora, a gente sabe que desde o início dos videogame a mulher em sua maioria sempre foi tratada como objeto, herdando um histórico de submissão vinda da ala masculina que usava da força para calar qual mulher fosse, limitando-as e regredindo assim sua evolução.Em outras palavras, era um estupro a céu aberto e ao mesmo tempo um senso comum. Hoje ainda há mulheres que não perceberam que suas atitudes egoístas e ignorantes prejudicam todo seu gênero, cultuando a idéia de que são seres inferiores e não estão nem aí para isso.Claro que não são, essa questão nem deveria existir.

Devido tal tratamento cultural sobre elas, sendo o videogame mais uma extensão para o entretenimento, e considerando a 7ª arte referência principal no desenvolvimento de jogos ,o sexo feminino era visto como vítimas incompetentes, que em sua maioria eram sequestradas, assassinadas, submissas ou com poderes mais fracos etc.Embora há casos onde é possível perceber a intenção humorística, o fato de termos tantos jogos mostrando a mulher de forma negativa anulava por completo qualquer chance de avaliar sua presença com bons olhos.

Em Double Dragon, misoginia nunca saiu de moda.

O universo masculino é cheio de tabus, mas nos jogos a diversos pontos que ferem uma masculinidade ingênua: 
Abuso contra a mulher do protagonista:
É um estímulo a mais para o jogador querer salvar uma mulher, o homem aprende que tem a obrigação de protegê-la.Se caso fosse um homem em seu lugar, não teria tanta graça.Isso faz parte das histórias de mocinho e bandido ao qual antigamente crescemos escutando, assistindo.Se você é homem, DEVE salvar a mulher.
Perder para uma mulher:
Seja ela jogadora ou uma inimiga no jogo.O homem não pode perder, e ainda mais de uma mulher.É vergonhoso.
Personagens femininos ou afeminados:
Também era algo não muito bem-vindo, a maioria dos meninos se espelham em lutadores homens, não em mulheres, mas como alguns garotos, eu era do tipo que escolhia personagens femininas, não só pra ver os decotes ou calcinhas, mas por que era legal representá-las.
Mulheres nos games sempre foram mais valorizadas sexualmente do que qualquer outra coisa, e não que seja culpa dos games, até porque essa maneira de pensar já estava aí, gerações foram educadas assim, e por mais que queiramos impor respeito entre as classes, parte disso já pertence ao entretenimento.Não que não se possa mudar, pode-se sim melhorar a qualidade do entetenimento, mas querer tentar de uma hora para outra mudar algo que está infectado na cultura à décadas?. E não é censurando todos jogos á sua volta (só por que você também joga) que isso vá resolver. Outro público consome aquilo, antigo e maior, e que PAGA por isso.O problema é muito mais embaixo.

Acho extremamente válido diversas formas de protestos virtuais ( texto, vídeos, jogos indie) que apontam a ignorante permanência desse conceito, que ainda sustentam o discurso misógino nos jogos, colocando em destaque situações onde a mulher sempre é subestimada, superestimada.Se pararmos para pensar, já são mais de 40 anos que os videogames existem, é bem pouco na verdade, pois em termos tecnológicos se melhorou muito, mas culturalmente os desenvolvedores melhoraram em nada.
Podemos até considerar protestos alguns jogos onde a mulher não precisa mostrar as calcinhas ou ser salva por um homem, eles existem, citarei franquias que conheço.

 

Provavelmente inspirado na franquia Alien, Metroid era uma série onde, se você nunca a tivesse jogado, só saberia que o protagonista era uma mulher se ou tivesse terminado (Nes e SNES) ou morrido (SNES), pois caso o contrário, talvez muito garoto nem quisesse ter jogado, isso é fato.
E apesar de Samus Aran ser uma mulher camuflada com armadura, nada a denunciava, suas ações poderiam ser como as de um homem, fazendo muitos mirins masculinos jogarem o game imaginando que o protagonista fosse um robô.E no final você fica sabendo que era uma mulher lutando contra outra fêmea, uma mãe, assim como em Alien.Tirem sua próprias conclusões.
Apesar disso, neste game a mulher visualmente é representada sem nenhum tipo de estereótipo.Quando possível, fica claro ver que ela usa um maio (pretinho básico) e não apresenta exageros corporais ou algo muito acentuado.Em seus tempos de glória era uma personagem até que levada á sério, pelo menos antigamente. 
Mas cedo ou tarde a personagem cairía em estereótipos, não só em sua franquia principal, mas em outras participações.Aproveitando que o jogo Smash Bros não tem pretensão alguma de ser levado a sério, foi um ótimo pretexto pra deixar Samus com partes acentuadas e com poses eróticas desnecessárias, umedecendo sonhos molhados de muitos gamers nintendistas.


o melhor golpe do jogo.


 jogue!

 Mirror's Edge é outro jogo onde Faith ,nossa protagonista praticante de parkour , faz parte de um grupo que luta contra um regime totalitarista. Por razões óbvias a personagem é magra, o que faz total sentido para uma pessoa que pratica parkour, coisas como seios, coxas e bunda grande não encaixam no contexto do jogo. Mas não é que teve menino reclamando a ponto de fazer alterações na arte original, deixando a personagens com um rostinho de menino de 15 anos e seios mais perceptíveis!que piada.
Mirror's Edge 2 ainda está pra sair mas tudo indica que eles não fizeram muitas mudanças na fisionomia da personagem. Ainda não ficou muito claro, mas quando o jogo sair atualizarei esta parte.

Então chegamos em um ponto muito bacana de comentar, a sensualidade da mulher nos games, do sensual ao exagero, e a banalização como forma de humor.
Por mais que tenham essa birra de "mulher com peito grande não pode", há muito mais personagens masculinos entupidos de testosterona do que mulheres recheadas de silicone, e mesmo com isso, não vemos jogadores homens pedindo censura ou mais respeito com o público.Como na vida real somos diferentes, existe variedade, logo certos jogos repetem isso.

Bayonetta desfila na linha tênue entre o sensual e o erótico.

Quando a fisionomia do personagem não respeita o conceito que o jogo vive, realmente acontece uma distorção, e quem presta atenção nota que algo está fora do lugar.Mas muitas vezes uma interpretação errônea por parte do jogador também acaba por negativar injustamente um jogo. Bayonetta é uma personagem sensual, provocativa, com senso de humor e segura de suas ações, ela é forte e luta contra demônios alados com rosto de querubim, o que me lembrou muito o sexo feminino lutando contra a igreja,o patriarcado etc.Óbvio que as diversas poses que ela faz é justamente para agradar o público masculino, mas também representam a libertinagem, a liberdade sexual (embora com ou sem as poses o jogo é bom de qualquer jeito).Vale lembrar que a artista por detrás da personagem é uma mulher, Mari Shimazaki.

 Irmãs Lara.
Tomb Raider com sua Lara Croft segue uma idéia parecida, embora acho aqueles peitões desnecessários em uma aventureira mas enfim...era um estereótipo de mulher.Simplesmente pegaram a persona de Indiana Jones e adaptaram para o sexo feminino. Ultimamente tem se notado uma dedicação na tentativa de melhor as propriedades da personagem, embora em cada jogo ela esteja com um rosto diferente, mas isso não vem ao caso. Mas pelo menos estão tentando deixar ela mais mulher do que um mero boneco inflável, justamente para agradar o público feminino.

Dragon's Crown , a piada que muita menina não entendeu.

Existe um certo vitimismo por parte de algumas extremistas achando que certas personagens ferem o sexo feminino ou certos jogos induzem lavagem cerebral nos garotos que jogam esses jogos. Esse é o problema de quando você tenta levar para um lado sério algo que não deve ser considerado assim. Quando você resolve generalizar algo que não prejudica um todo e nem foi o que começou com isso; quando o problema principal não é esse e sim na educação dada as crianças, sejam meninos ou meninas.Eu gosto do caminho do meio, existem coisas que realmente entendo como misoginia contra a mulher, uma violência desnecessária, parecendo até algum problema pessoal vindo do desenvolvedor, e outras uma sátira, como é o caso de Dragon's Crown, onde personagens com graus mitológicos vivem uma estória épica digna de conto de fadas. Neste jogo quatro dos seis personagens são visualmente surtados, de ambos os sexos.

O anão e o guerreiro são os personagens masculinos surtados do jogo.

Fica claro que por se tratarem de uma história épica, teremos personagens heróis e inimigos surtados, com forças fora do normal.Só que aqui os criadores resolveram levar isso adiante, o surto além dos poderes, um exagero corporal sobre alguns personagens, tornando a idéia banalizada, tentando mostrar que tudo não passa de uma caricatura, uma piada,entendam como quiserem.
Infelizmente vivemos uma cultura de comparar coisas sem olhar com profundidade aquilo que se aponta, sem análise alguma, e desconsiderando tudo que não for de acordo com seu pensamento, sua direção.Em sua maioria são comparações infelizes e um dos casos foi desta imagem:

(compararam versões da personagem, mas que contém idades diferentes, feito em épocas com mentalidade diferente e como a maioria das comparações, precoce, injusta e desnecessária).


GRRRR.

Agora sobre brutamontes, o lado másculo da coisa.Eles estão nos videogame desde sempre, mas nunca houve sequer alguma reivindicação por parte do público gamer contra esse tipo de personagem.Meninos ficam sabendo, cedo ou tarde, que existe um conceito de que um cara grande, cheio de músculos não deve raciocinar muito bem, ser um baita burro. A virilidade sempre andou contramão à inteligência. A possibilidade de alguma coisa dar certo usando a força na maioria das vezes não trás consequências agradáveis , isso é fato.Gears of Wars apresenta seus "rinocerontes" em um jogo de tiro, mas quem se importa? Moleque que se preze não procura indentificação com personagem, ou vai me dizer que com seus 7 anos, quando jogou Super Mario no seu 8-bits genérico da vida logo se indentificou com um cara fora de forma e de bigode ruivo?.
Não posso dizer por todos mas jogos não se levam a sério em determinadas direções.Se não nos agrada, só não jogamos, simples.Mas quem disse que queremos parar de jogar?;)

Em Street Fighter IV nos é apresentado uma gama de homens pra ninguém botar defeito, tem gordo, magro, banguela, japonês, afeminado, transsexual, possuído pelo demônio etc.Também  temos mulheres com diversas características , não tanto como a dos homens por uma questão de mercado, mas hoje em dia temos muito mais personagens femininas do que antigamente, com certeza, e elas são fortes e não parecem nada idiotas.Isso é bom.

Cadê a Mika, Elena, Karin, Pullum, Maki e tantas outras Sra.Capcom?!

Fiquei pensando o que poderia ofender, ou ser desgostoso para garotos jogarem.Talvez um jogo onde todos os heróis fossem homossexuais, mas de sexo masculinos e estereotipados , por que se fossem lésbicas, hipócritamente seriam aceitas.Pensei também em algo como personagens com pau de fora, mas isso seria muita zoeira, e deixar o pinto como uma arma então é a coisa mais normal para um homem, e GTA já fez coisa parecida:

 
Pior que bater na galera com um desses é hilário.

E sendo o público masculino o que mais consome jogos, nunca houve mudança, tudo é aceito, homens surtados, afeminados, dildos , mulheres peitudas, sem peitos, por que afinal jogo é jogo, a gente só quer se divertir. Não gostou, não jogue.

 Banda Herva Doce fala por muitos homens.

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